terça-feira, 30 de agosto de 2011

Marcelo, Marmelo, Martelo.

ROCHA, Ruth. Marcelo, Marmelo, Martelo
Salamandra Consultoria Editorial Ltd.

Fichamento - Conteúdo
Samanta

O Livro conta a história de uma criança que fica 'encucada', 'encabulada', 'intrigada' com relação dos nomes das coisas.
Ele questiona o motivo de os nomes não está ligado com a função do nomeado. O que lembra o que Saussure disse sobre a arbitrariedade do signo.
Por causa desses questionamentos ele começa a ‘re-nomear’, cadeira  deveria ser sentador, biriquixote um adjetivo que não se deve ser usado por ter um significado não educado. Marcelo começa a ter pequenas confusões por não conseguir se fazer entender com os outros que não tiveram as dúvidas dele, há um colapso comunicativos.

Significação e Contexto: Uma introdução a questões de semântica e pragmática

MOURA, Hero ides Maurílio de Melo.
Significação e contexto: Uma introdução a questão de semântica e pragmática. Editora Insular, 2006.
Fichamento de Citação
Samanta Abramowicz.

Este livro é uma introdução (...) da semântica e da pragmática.
A perspectiva adotada aqui é a noção de contexto pode receber um tratamento semântico(...), como  pragmáticos passam a ser relevantes para os estudos da significação. Assim (...), os referentes discursivos e o contexto de uso das expressões referenciais são relevantes(...) a referência linguística. (pag.9)

Dois capítulos. O primeiro (...) análise detalhada na interface da semântica e da pragmática. O segundo (...) traz uma análise de aspectos contextuais, (...) estudos da significação. (pag. 9)

Conceitos básicos de semântica e pragmática. (pag. 9)

Capítulo 1 - Pressuposição
A proposição (...) envolve tudo aquilo que é relevante para a descrição de um certo estado de coisas no mundo (pag.11).
A asserção é a expressão de uma proposição num certo contexto. (...) é um ato de fala que faz uso do conteúdo proposicional. A asserção de uma proposição implica dizer que ela é verdadeira. (pag 11)
O que não for relevante para a determinação das condições de verdade, nessa perspectiva, deve ser excluído do conteúdo proposicional. (pag 12)

1 - Posto e pressuposto (pag 12)

Ducrot (1987)
Conteúdo posto a informação contida no sentido literal das palavras de uma sentença e de conteúdo pressuposto ou pressuposição as informações que podem ser inferidas da enunciação dessas sentenças (pag.13)
(1) Pedro deixou de fumar. (pag.12)
(2) Foi João que quebrou o vaso
(3) O rei do Brasil é maluco
(4) O homem que decretou Desterro como a capital do Brasil era um militar.(pag12)
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>Preposição = Asserção
>Preposição: enunciado verbal de um juízo (= conceito - uma sequência de palavras);
>Juízo: Operação intelectual.
>Preposição que se tem como verdadeiro;
>Condições de verdade(representação do mundo verdadeiro ou falso.
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1) nível literal ( informações contida no próprio sentidp das palavras)
2) nível de inferência( informações que não são dadas literalmente)
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Ducrot.
Posto: Informações contido no sentido literal
Pressuposto: informação inferida.
Sentido metafórico (implicatura): "Tipo de inferência pragmática baseada não no sentido literal das palavras,mas naquilo que o locutor pretendeu transmitir ao interlocutor"(moura, 2006:13)
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>Acarretamento (condição de verdade)
1.a João tem um bicho de estimação em casa
1.b João não tem um gato siamês em casa
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Expressões (Levinson)
1) Descrições definidas: Sentido um referente (Frege)
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Nível Literal
>Pedro não fuma mais.
>Joãi quebrou o vaso
Nível de inferência
> Pedro fumava antes.
> O vaso em questão está quebrado.
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Uma implicatura é um tipo de inferência pragmática baseada não no sentido literal das palavras, mas naquilo que o locutor pretendeu transmitir ao interlocutor. (pag.13)
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O não-dito dito.
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2- Pressuposto e acarretamento (15)

Acarretamento(...) a definição de acarretamento é a seguinte: se uma proposição a implica uma proposição b, isso significa que se a é verdadeira, então b é necessariamente verdadeira. (15)

O conhecimento compartilhado é formado por um conjunto de proposições que são aceitas tanto pelo falante quanto pelo ouvinte.(17)
Os pressupostos são o pano de fundo da conversação(cf. Ducrot, 1987). Ao falarmos, partimos da hipótese de que nossos interlocutores dominem um repertório de informações, sem as quais as informações novas que fornecemos não podem ser compreendidas.  (17)

3-Expressões que ativam pressupostos.
1) Descrições definidas: São expressões  que fazem uma certa descrição de um ser específico. Esses sintagmas nominais (que, na terminologia de Frege [1978], indicam o sentido de um referente) servem para fazer a referência, assim como os nomes próprios. (pag 17)

2) Verbos factivos:(...) os factivos  introduzem fatos que são dados como certos (Pág.. 19)
(12a) João lamentou ter bebido muito
(12b)  p.p João bebeu muito.
(15a) Pedro soube que ganhou o prêmio.
(15b)  p.p Pedro ganhou o prêmio. (Pág.. 19)

(...) há dois subtipos de verbos factivos. Epistêmicos (compreender, saber, descobrir, etc) e (...) que indicam sensações ou emoções (sentir [transitivo], lamentar, arrepender-se, alegrar-se) (Pág.. a9)

3) verbos implicativos
(16a) João conseguiu abrir a porta.
(16b) p.p João tentou abrir a porta.
(17a) João esqueceu de fechar a porta.
(17b) p.p João deveria ou desejava fechar a porta.

4) Verbos de mudança de estado
(18a) João deixou de fumar
(18b) p.p João fumava. (Pág. 20)
(19a) João Começou a Fumar.
(19b) p.p João não fumava

5) Iterativos
Pressupõem que a ação indicado pelo verbo já tinha acontecido anteriormente.
(20a) O disco voador apareceu de novo
(20b) p.p O disco voador tinha aparecido antes.
(21a) O professor retornou ao trabalho.
(21b) p.p O professor já trabalhou antes. (Pág. 20)

6) Expressões temporais.
(Pág. 20)
(22a) Maia desmaiou depois de encontrar João
(22b)p.p Maria encontrou João
(23a) Maria chorou antes de terminar sua tese.
(23b) p.p Maria terminou sua tese.

7) Sentenças Clivadas
Sentenças em que uma sentença simples dividida em duas orações a fim de destacar um certo constituinte da sentença, enfatizando-se a informação relativa a esse constituinte (Pág. 21)

--- ou seja,  a segunda oração contém um pressuposto. ----
(24a) Não foi o João que beijou a Maria.
(24b) p.p Alguém beijou Maria

 As Máximas Conversacionais são princípios  que regem a comunicação cooperativa. Elas são 4:
 - A máxima de relevância,
 - a máxima da qualidade,
 - a máxima da quantidade e
 - a máxima do modo (Pág. 25)

5- Descrições definidas e pressuposição
O uso das descrições definidas está interligado ao pressuposto de existência. Nessa seção (...) existem diferentes modos de se fazer referência. (Pág. 29)

Os nomes próprios (...) ao segundo modo de referência. Os nomes próprios designam seres específicos (Pág. 31)

Variável
A variável é um instrumento técnico usado para fazer referência não a um objeto específico ou a um conjunto de objetos , mas uma série de objetos que podem, cada um por si, ser o valor da variável. ( Págs.. 31-32)

----- Quando ele diz 'valor da variável, se refere as 'entrelinhas' ------------

"ele é um cantor" (Pág. 32)

Esse pronome não é um nome próprio, nem um nome comum. Pode assumir diferentes 'valores', ou seja, indicar diferentes indivíduos (pág.32)

A que indivíduo se refere o pronome 'ele'? Temos aí uma variável , que pode assumir diferentes valores, dependendo do contexto(pág.32)

---- E  o que isso quer dizer???? -------
refere a 'Chico Buarque', a preposição  é verdadeira.
refere a 'Saussure', a preposição é falsa. (pág.32)

O uso da variável é uma maneira econômica de se exprimir, sem fazer uso de nomes próprios.
A generalização é obtida através da quantificação sobre a variável x, e não pela substituição da variável por um nome próprio (pág.33)

(34a) Quem luta, vence.
(35a)Aqueles que se arrependerem, serão perdoados.

A quantificação envolvida aqui é a quantificação universal, representada pelo símbolo ∀. (pág.33)
------------------------- Isso tem nome: Lógica Predicativa-------------------------

quantificação universalpara todos; para qualquer; para cadalógica predicativa
∀ xP(x) significa: P(x) é verdadeiro para todos os x

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(34b)  Para todo x, se x luta, então x vence
(35b) Para todo x, se x se arrepende, então x é perdoado.

Desse modo, a representação lógica de de (34b), por exemplo, é ∀x(Lx --> Vx), Onde: L= Lutar e V= Vencer.
A fórmula se Lê: Para todo x, se x luta, então x vence.
A seta --> é o símbolo de acarretamento (pág.33)


Existem assim duas maneiras de se 'completar' uma sentença com uma variável:
(1) Substituindo a variável por um nome próprio;
(2) Fazendo uma quantificação sobre a variável. (pág.33)


Intervalos de valor de verdade.
Uma sentença então pode ser verdadeira, falsa ou estar no intervalo de valor de verdade, marcado # (outro modo de dizer isso [...], tem um valor de verdade indefinido) (págs.39-39).


Os intervalos de valor de verdade recobrem o fenômeno da indeterminação semântica. Uma proposição é considerada semanticamente  indeterminada se o seu conteúdo semântico não nos permite dizer se a proposição é verdadeira ou falsa em uma certa situação. (pág.39)


Às vezes não é fácil determinar se uma proposição é indefinida (#) ou simplesmente falsa. (pág.39)


MacCawley (Para Pesquisar)
Dois outros fenômenos interessantes estão ligados ao pressuposto de existência. Em primeiro lugar, descrições definidas que se referem a algo que só aparentemente são objetos ou indivíduos.  Em segundo lugar, os nomes ficcionais. (pág.40).


Lakoff (para pesquisar) diz "podemos nos referir a elas, categorizá-las, agrupá-las, e qualificá-las e, assim, pensar sobre elas". Em outras palavras, há uma natural necessidade humana, codificada na linguagem, de pensar nossas experiências em termos de objetos individualizados. O uso das expressões referenciais e das descrições definidas reflete essa necessidade. (pág.40)


Sentido e significado.
Os esforços vão na direção de incorporar elementos contextuais na significação. Isso reabre o debate sobre os limites da semântica e da pragmática. (pág.62)


Uma mesma sentença pode ser verdadeira ou fala, dependendo da situação m que é produzida (pág.62)


3 - Intensão e mundos possíveis (pág.63)
Precisamos de algo mais que o simples sentido(...) a extensão de uma expressão pode variar mesmo se seu sentido permance o mesmo. Se ampliarmos essa ideia para situações alternativas ao mundo real, então é possível obter novas extensões. (pág.64)


----Um ciclo que não se acaba? -----


4 - Semântica e Pragmática.
O Contexto é apenas uma ferramenta de trabalho , e não o próprio objeto de pesquisa (Kleiber, 1998:65)
O contexto não é um conceito teórico que permita a separação entre semântica e pragmática.
A ideia subjacente é então que não é todo elemento  contextual  que deve , imediatamente, ser considerado pragmático. É um certo tipo de contexto (delimitado por uma definição) que pode ser ligado ao componente pragmático. (pág.66)


5 - A semântica  dinâmica  e a anáfora (pág.67)
O foco principal  é sobre a troca de informação  entre os falantes. 
Um primeiro  tipo de informação, denominada informação sobre o mundo (...) a linguagem não é a única forma de elaborar informação sobre o mundo, mas é uma das maneiras mais importantes de fazê-lo.
Outra (...) é denominada informação discursiva (...) envolve dados sobre o próprio fluxo do discurso e da conversação.
Somente a partir da informação discursiva é que se pode passar à informação sobre o mundo.


A anáfora se situa (...) no campo da informação discursiva.(...) faz parte dos mecanismos que propiciam aos falantes manter o controle sobre o que já foi enunciado, (...) acerca dos itens da conversação (objeto e indivíduos) (pág.67)
Ao interagirmos numa conversação, vamos construindo uma lista de pessoas e objetos  que foram citados no discurso, para que possamos falar sobre eles e fazer referência(...) (pág.67)


6 - Referência e contexto (vide polissemia)
As palavras servem para referir às coisas e aos seres, e caberia à semântica a função de explicar essa simbolização que leva das palavras às coisas. (pág.72)
É provável que uma pessoa que não compartilhe dessa crença à qual remete o falante (pág.76)
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O contexto está ligado diretamente com a intencionalidade do falante
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7 - Indeterminação semântica e contexto
Utilizarei o conceito de indeterminação para abarcar alguns tipos de ambiguidade e indefinição. O conceito de indeterminação abrange uma série de fenômenos semânticos, tais como ambiguidade, polissemia, vagueza, falhas pressuposicionais,  não dita, generalidade, metáfora, etc. Há uma grande oscilações terminológica na descrição desses fenômenos, e o próprio conceito de indeterminação também é denominado de 'insegurança' (SADOCK, 1995:15). (págs. 77-78)


(PINKAL, 1995:15) "uma sentença é semanticamente indefinida se e somente se, em certas situações, a despeito do conhecimento suficiente dos fatos relevantes, nem 'verdadeioro' nem 'falso' pode ser atribuído a essa sentença como seu valor de verdade". (pág.78)


8 - Os limites da semântica e da pragmática.
Definir as noções de mudança de contexto e de informação. (pág.83)
De acordo com Stalnaker (1978) (...) quando uma nova sentença n é enunciada, ocorre uma "mudança de contexto", pois n ( a nova sentença) elimina os contextos anteriormente aceitos que são incompatíveis com n. (pág.83)
Em outras palavras, a enunciação de n restringe o conjunto de contexto anteriormente aceitos (pág. 83)
Fomaliza-se essa noção de mudança de contexto (pela qual um conjunto de contextos se transforma num outro conjunto de contextos) da seguinte maneira. (CF. CHIERCHIA, 1995:193).

(23) se n é interpretada como uma função (+n) de conjunto de contextos a conjunto de contextos. (pág. 84)
O conjunto de contextos aceitos num dado momento da conversação depende intrinsecamente do fluxo da informação. (pág.85)


(...) (GREEN, 1996:4) sempre  que, numa intereção, um interlocutor atribui crenças e intenções a um outro interlocutor, inferidas a partir do discurso e com base no príncipio da cooperação, está-se no campo da pragmática. (pág.85)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Esse ofício do Verso. Capítulo 1. O enigma da poesia.


Fichamento de citação
ATL
Esse ofício do Verso. Capítulo 1. O enigma da poesia.                                              
Samanta Abramowicz 6º Período
           
            Passeia a vida lendo, analisando, escrevendo (ou treinando minha mão na escrita) e desfrutando. Descobri ser esta última coisa a mais importante de todas. “Solvendo” poesia (...). Redescobrir a literatura para mim mesmo. (...) Dediquei a maior parte da minha vida à literatura, e só o que posso lhes oferecer dúvidas. (...) Thomas De Quincey escreveu (...) que descobrir um problema novo era tão importante quanto  descobrir a solução de um antigo. (pág. 10)
            Desejo apenas partilhar essas perplexidades[1] com vocês (...) poesia (...) é em realidade: uma paixão, um prazer (...). Beneditto Croce (...) se pensamos numa expressão de algo, tornamos a cair no velho problema de forma e conteúdo  (...). (...) Passamos à poesia; passamos à vida. E á vida, tenho certeza, é feita de poesia. (...) Pode saltar sobre nós a qualquer instante (...). Os Livros são somente ocasiões para a poesia. (pag. 11)
            Creio que Emerson escreveu em algum lugar que uma biblioteca é um tipo de caverna mágica cheia de mortos. E aqueles mortos podem ser ressuscitados, podem ser trazido de volta à vida quando se abrem as suas páginas. (...) bispo Berkeley (...) escreveu que o gosto da maçã não estava nem na própria maçã – a maçã  não pode ter gosto por si mesma – nem  na boca de quem come. É preciso um contato entre elas (...) (pág. 12)
Ele compra dizendo que a mesma coisa acontece com o livro, pois ‘um livro (...) é um conjunto de símbolos mortos (...), aparece o leitor certo, e as palavras (...) saltam para a vida, e tomos uma ressurreição da palavra. (...) pois  as coisas perfeitas na poesia não parecem estranhas; Parecem inevitáveis. (...) John Keats em “on First Looking into Chaoman’s Homer [2] (…) é um fato de ser um poema escrito a respeito  da própria experiência Poética[3].’ (págs. 12- 13) .
            George Chapman (pag. 13)
“(...) E quando o fato de que a poesia, a linguagem, não era somente um meio de comunicação, mas também podia ser uma paixão e um prazer – quando isso me foi revelado, não acho que tenha compreendido as palavras, mas senti que algo acontecia comigo[4]. Acontecia não com meus simples intelecto, mas com tudo o meu ser, minha carne e meu sangue. (pág. 14)
Penso que a primeira leitura de um poema é a verdadeira, e depois disso que nos iludimos acreditando que a  sensação, a impressão, se repete. Mas, como disse, pode ser mera fidelidade, mero truque da memória, mera confusão entre nossa paixão que sentimos uma vez. Portanto,  pode-se dizer que a poesia é uma experiência nova a cada vez. Cada vez que leio um poema, a experiência acaba ocorrendo. Isso é poesia. (...) o pintos americano Whistler (...) disse “a arte acontece”. (...) Direi: a arte acontece cada vez que lemos um poema. (pág. 15).
Platão (...) fala sobre os livros de modo tanto depreciativo: “O que é um livro? Um livro, como uma pintura, parece um ser vivo; no entanto, se lhe perguntamos algo, não responde. Vemos então que está morto”. Para fazer do livro um ser vivo, ele inventou – felizmente para nós. O diálogo Platônico, que se antecipa às dúvidas e perguntas do leitor. (...) Imagino que seu principal objetivo era a ilusão de que, a despeito do fato de Sócrates ter bebido Cicuta, o mestre ainda estava com ele. Sinto ser essa verdade  porque  tive muitos mestre em minha vida. (...) gostaria de ouvir suas vozes. (...) a fim  de que possa pensar como eles teriam pensando[5]. (págs. 16-17)
Há outra frase (...) dizia que era tão perigoso pôr um livro nas mãos de um ignorante quanto pôr  uma espada nas mãos de uma criança[6](...) (pág. 17)
Li que consideram[7] o alcorão não uma obra de Deus, mas um atributo de Deus, tal como são Sua justiça, Sua misericórdia e toda a Sua sabedoria. (...)
(...) “Acho que o Espírito Santo escreveu não só a bíblia, mas todos os livros.” [8]
Espírito Santo, cujo Templo  é o correto e puro coração dos homens (...) falamos do ‘eu subliminar’, do ‘subconsciente’. (...) temos de nos haver com a mitologia de nosso tempo. (pág. 18)
Devo confessar que não considero um livro um objeto imortal (...) mas (...) uma ocasião para a beleza. E assim tem de ser, pois a linguagem está mudando o tempo  todo. (Há casos em que a poesia cria a si mesma[9]. (pág. 19)
(...) O leitor está mudando também (pág. 22)
Nenhum homem se banhar duas vezes no mesmo rio (22-23)
“Claro, o rio segue adiante, mas a água está mudando”. Então, com um emergente sentido de espanto, sentimos que nós também estamos mudando – o que somos tão cambiantes e evanescentes quanto o rio, (23)
(...) A beleza está sempre conosco. (...) a beleza esta à espreita por toda à parte. Pode chegar a nós no título de um filme; em alguma canção popular; podemos encontrá-la até nas páginas de um grande ou famoso escritor. (23)
(...) Rafael Cansinos Assíns (...) dizia (...) “há beleza demais no mundo”. (...) Se um poema foi escrito por um grande poeta ou não, isso só importa aos historiadores da literatura. (...) Uma vez escrito, esse verso não serve mais, porque, como já disse, esse verso não me serve mais, porque, como já disse, esse verso me veio do Espírito Santo, do subconsciente, ou talvez de algum outro escritor. (24)

Há uma poesia de um saxão (...) e de aqueles versos chegarem a nós tão francos, tão diretos e tão patéticos através dos séculos. (...) temos (...) dois casos: o caso (...) no qual o tempo degrada um poema, (...) as palavras perdem a sua beleza; e (...) o caso no qual o tempo enriquece em vez de degradar um poema. (...) Cometemos um erro bastante comum ao pensar que ignoramos algo por sermos incapazes de defini-lo. (26).

Poesia é (...) algo muito mais importante – algo que pode encorajar a seguir adiante e não somente treinar a mão escrevendo poesia, mas desfrutá-la e sentir que sabemos tudo à seu respeito. (pág. 26)

(...) Todos sabem onde encontrar poesia. E quando ela chega, sente-se seu toque, aquela comichão própria da poesia. (...) Santo Agostinho (...) disse (...) “O que é o tempo? Se não me perguntam o que é, eu sei. Se me perguntam o que é, então não sei. Sinto o mesmo (...) à poesia. (pág. 27)

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Atenção: As referências no final desse fichamentos são paráfrase ou conclusões minhas.


[1] Ele refere à história da filosofia que é uma grande história de perplexidade dos hindus, gregos, escolásticos...
[2] Poesia
[3] Explica o motivo da escolha dessa poesia. Ela representa a própria experiência poética.
[4] Catarse
[5] Ele cita alguns nomes de mestres, alguns autores e o próprio pai.
[6] Diz também que Sêneca criticava as bibliotecas  e que Schopenhauer diz que pessoas confundiam a compra de um livro por comprar o conteúdo do livro. (paráfrases)
[7] Ele refere-se aos Mulçumanos.
[8] Perguntaram a Bernad Shaw se ele acreditava que a bíblia era escrita pelo Espírito Santo. Essa foi a resposta dele. (paráfrase) Depois o autor do ensaio comenta que assim como Homero tinha uma ligação com a sua musa.
[9] Cita um exemplo de que duas palavras ganham uma conotação completamente diferente na poesia e que fica belo. E que quando pegamos uma antiga poesia e mudamos os adjetivos, (algumas ou várias) palavras,  estamos criando outro e não mexendo com a primeira.

sábado, 6 de agosto de 2011

Lewis Carrol, Alice. Através do Espelhos.Vídeo e um pequeno trecho

"(...) isso mostra que há 360 dias em que você poderia  ganhar presentes de desaniversário...”
“Sem dúvida”, disse Alice.
“E só um para ganhar presente de aniversário, vê? É a glória para você!”
“Não sei o que quer dizer com glória”, disse Alice.
Humpty Dumpty sorriu, desdenhoso. “Claro que não sabe... até que eu lhe diga. Quero dizer é um belo e demolidor argumento para você!”
“Mas glória não significa um belo e demolidor argumento”, Alice objetou.
“Quando eu uso uma palavra”, disse Humpty Dumpty num tom bastante desdenhoso, “Ela significa exatamente o que eu quero que signifique: nem mais nem menos”.
“A questão é”, disse Alice, “se pode fazer as palavras significarem tantas coisas diferentes”
“A questão é”, disse Humpty Dumpt, “é saber quem vai mandar – só isso” 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Do Realismo ao Simbolismo

<< Anotação >>
1º Bimestre > Realismo/Naturalismo -----------> 1ª nota
2º Bimestre > Parnasianismo/Simbolismo-------> 2ª nota

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Realismo

Romantismo                                          Realismo
×Idealização da mulher amada.                ×Visão objetiva.
×Edocentrismo.                                       ×Universalismo.
×Subjetivismo.                                         ×Positivismo
×Nacionalismo (busca no passado).         ×Nacionalismo(visando o presente,o conteporâneo)
×Fuga da realidade objetiva.                    ×Meio, momento, raça.
×Defesa dos escravos.                            
×Pessimismo
×Satanismo.

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Machado de Assis >>> 2 Duas fases

Livros
× Dom Casmurro (Capitu)

× Memórias Póstumas
× Quincas Borba
Conto
×Missa do galo

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1881 - a publicação de O mulado e Memórias Póstumas.

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Att. Próxima aula vai haver um debate sobre:
Características do Realismo
Contexto sócio-político

Realismo/Naturalismo (sec. XIX, no Brasil)

http://www.graudez.com.br/literatura/realismonaturalismo.html



"Pus a nu as chagas daqueles que vivem mais abaixo. Minha obra não é obra de partido e de propaganda: é uma obra de verdade."
 
  --Emile Zola
Realismo e Naturalismo foram as duas escolas literárias de domínio narrativo no fim do século XIX e início do século XX. Sua contrapartida na poesia é chamada de Parnasianismo. Apesar de se parecerem, o Realismo e o Naturalismo têm diferenças — o Naturalismo é marcado principalmente pelo determinismo, a idéia de que a natureza define o destino dos personagens. O mais importante autor realista e maior escritor do Brasil foi Machado de Assis, que merece tratamento em separado.
De infância rica e reclusa, teve experiências em colégio interno, onde recebeu influências para escrever O Ateneu. Publicou seu primeiro livro ainda bem jovem, que muito aclamado pela crítica da época. Mais tarde estudou Direito, colaborando também com jornais e revistas.
Era abolicionista e republicano, leva vida agitada com polêmicas, inimizades e crises depressivas. Muito sensível, este professor, político, jornalista, escritor e polemista se suicidou no Natal de 1895, abandonado pelos amigos, caluniado e humilhado na imprensa. Foi um escritor que não se pode enquadrar em único estilo, tendo influências naturalistas, realistas, expressionistas e impressionistas.
Sua obra de maior importância é O Ateneu, que tem algum caráter autobiográfico e garantiu ao autor lugar entre os maiores romancistas brasileiros. Nas passagens a seguir, note a linguagem rebuscada que o autor usa.
  "Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta."
 
  --O Ateneu
  "Falavam do incendiário. Imóvel! Contavam que não se achava a senhora. Imóvel! A própria senhora com quem ele contava para o jardim de crianças! Dor veneranda! Indiferença suprema dos sofrimentos excepcionais! Majestade inerte do cedro fulminado! Ele pertencia ao monopólio da mágoa. O Ateneu devastado! O seu trabalho perdido, a conquista inapreciável de seus esforços!... Em paz!... Não era um homem aquilo; era um de profundis."
 
  --O Ateneu
Obras Principais:
Sobre O Ateneu: narrativa de confissão, espécie de regresso psicanalítico, onde o personagem principal redesenha pela memória os fantasmas da adolescência vivida num colégio interno. Apresenta problemas como a má direção, comportamentos equivocados de professores, violação da pureza, explosão libidinosa da adolescência etc.
Tem por formação o desenho e a pintura, só mais tarde torna-se escritor profissional. Envolveu-se na política maranhense, fundou jornais e publicou o primeiro livro naturalista brasileiro, O Mulato, que foi muito mal recebido em sua província natal. Foi o primeiro escritor brasileiro a ter a literatura exclusivamente como profissão. Sua obra variou em qualidade, tendo feito alguns dramalhões românticos que considerava de má qualidade - que chamava “comerciais” - e obras naturalistas de relevância - junto com outras de nem tanta relevância ou qualidade. A divisão de sua obra não representa fases, pois os romances românticos eram alternados com os naturalistas. Mais tarde se desgostou da literatura e ingressou no serviço público. Foi membro da ABL.
Confere aos pequenos agrupamentos humanos vida própria. Seus protagonistas vão se degradando social e moralmente por força da opressão social ou, ainda, por força do determinismo das leis naturais (cientificismo). As tragédias são comuns em seus romances, mas estas vêm da fatalidade.
O que se segue são passagens de suas obras mais famosas e importantes, as naturalistas O Mulato, O Cortiço e Casa de Pensão.
  "Bertoleza então, erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes que alguém conseguisse alcançá-la, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado."
 
  --O Cortiço
  "Sua pequena testa, curta e sem espinhas, margeada de cabelos crescendo, não denunciava o que naquela cabeça havia de voluptuoso e ruim. Seu todo acanhado, fraco e modesto, não deixava transparecer a brutalidade daquele temperamento cálido e desensofrido."
 
  --Casa de Pensão
  "Então, fechou novamente os olhos estremecendo, esticou o corpo - e uma palavra doce esvoaçou-lhe nos lábios entreabertos, como um fraco e lamentoso apelo de criança: - Mamãe!... E morreu."
 
  --Casa de Pensão
Obras Principais:
Talvez o mais audaz dos naturalistas brasileiros. Viaja pela Marinha e, no Ceará, ajuda a fundar o Centro Republicano além de participar da vida intelectual da cidade. É envolvido num escândalo de adultério e é expulso da Armada. Retira-se da vida social, mas continua a participar da vida literária. Em 1891 muda-se para o RJ, onde se dedica ao jornalismo e literatura, escrevendo algumas das obras-primas do Naturalismo como A Normalista e Bom-Crioulo.
A Normalista é a história chocante de um incesto em que a personagem principal é seduzida pelo padrinho. Já O Bom Crioulo trata das minorias sexuais condicionadas pelo ambiente. O personagem Amaro, O Bom Crioulo, se envolve amorosamente com um jovem grumete, que acaba sendo seduzido por uma portuguesa. A descoberta da traição leva Amaro a assassinar seu amante.
  "Seguia-se o terceiro preso, um latagão de negro, muito alto e corpulento, figura colossal de cafre, desafiando, com um formidável sistema de músculos , a morbidez patológica de toda uma geração decadente e enervada, e cuja presença ali, naquela ocasião, despertava grande interesse e viva curiosidade: era o Amaro, gajeiro da proa, - o Bom-Crioulo na gíria de bordo."
"Aleixo passava nos braços de dois marinheiros, levado como um fardo, o corpo mole, a cabeça pendida para trás, roxo, os olhos imóveis, a boca entreaberta. O azul-escuro da camisa e a calça branca tinham grandes nódoas vermelhas. O pescoço estava envolvido num chumaço de panos. Os braços caíam-lhe, sem vida, inertes, bambos, numa frouxidão de membros mutilados."
 
  --Fragmentos de O Bom Crioulo
Obras Principais:
Marco inicial = publicação dos livros O Mulato (1º romance naturalista), de Aluísio Azevedo e Memórias Póstumas de Brás Cubas (1º romance realista), de Machado de Assis em 1881.
Marco final = publicação de Missal e Broquéis, ambos de Cruz e Sousa - obras inaugurais do Simbolismo em 1893.
O início do Simbolismo em 1893 não significa o término do Realismo e suas manifestações na prosa , com os romances realistas e naturalistas, e na poesia, com o Parnasianismo.
  Fragmento do primeiro capítulo de O Ateneu, que recebe o mesmo nome da obra
(...) Poema intencionalmente moral é o mesmo que estátua polícroma, ou pintura em relevo. Apenas uma coisa possível, nada mais; há também quem faça flores, com asas de barata e pernas.
A verdadeira arte, a arte natural, não conhece moralidade. Existe para o indivíduo sem atender à existência de outro indivíduo. Pode ser obscena na opinião da moralidade: Leda; pode ser cruel; Roma em chamas, que espetáculo!
Basta que seja artística. (...)
O meu bom amigo, exagerado em mostrar-se melhor, sempre receoso de importunar-me com uma manifestação mais viva, inventava cada dia nova surpresa e agrado. Chegava ao excesso das flores. A princípio, pétalas de magnólia seca com uma data e uma assinatura, que eu encontrava entre as folhas de compêndio. As pétalas começaram a aparecer mais frescas e mais vezes; vieram as flores completas. Um dia, abrindo pela manhã a estante numerada do salão do estudo, achei a imprudência de um ramalhete. Santa Rosália da minha parte nunca tivera um assim. Que devia fazer uma namorada? Acariciei as flores, muito agradecido, e escondi-as antes que vissem. (...)
Não denunciar nunca é preceito sagrado de lealdade no colégio. os contentores recusaram-se a explicações. Bento Alves negou o braço a exame e curativo; Malheiro, em panos de sal, fingindo-se muito prostrado, oferecia o mais impenetrável silêncio às indagações de Aristarco e protestava esborrachar as ventas a quem caísse na asneira de insinuar o bedelho no que não era de sua conta. (...)
 
  --Raul Pompéia
  "Raimundo tinha vinte e seis anos e seria um tipo acabado de brasileiro, se não foram os grandes olhos azuis, que puxara do pai. Cabelos muito pretos, lustrosos e crespos; tez morena e amulatada, mas fina; dentes claros que reluziam sob a negrura do bigode; estatura alta e elegante; pescoço largo, nariz direito e fronte espaçosa. A parte mais característica de sua fisionomia eram os olhos - grandes ramalhudos, cheios de sombras azuis; pestanas eriçadas e negras, pálpebras de um roxo vaporoso e úmido; as sobrancelhas, muito desenhadas no rosto, como a nanquim, faziam sobressair a frescura da epiderme, que, no lugar da barba raspada, lembrava os tons suaves e transparentes de uma aquarela sobre papel de arroz."
 
  --O Mulato
  "Ana Rosa estremeceu toda, deu um grito, ficou lívida, levou as mãos aos olhos. Parecia-lhe ter reconhecido Raimundo naquele corpo ensangüentado. Duvidou e, sem ânimo de formular um pensamento, abriu de súbito as vidraças.
Era, com efeito, ele. (...) A moça deixou atrás de si, pelo chão, um grosso rastro de sangue, que lhe escorria debaixo das saias, tingindo-lhe os pés. E, no lugar da queda, ficou no assoalho uma enorme poça vermelha."
 
  --O Mulato
  "Naquela mulata estava o grande mistério e a síntese das impressões que ele recebera chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que não se torce a nenhuma outra planta; era o veneno e era açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que o mel e era a castanha do caju, que abre feridas com seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em trono do idade da terra, piscando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma centelha daquele amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos de prazer, uma larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa fosforescência afrodisíaca."
 
  --Fragmento de O Cortiço

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Bibliografia basica ATL

ANTUNES, Inradé. Análise de Textos Fundamentos e Práticos.
ANDRADE, Inácio Rebelo de. Saudades de Huambo (para uma evocação do poeta Ernesto Lara Filho e da "Coleção Bailundo"). Pendor: Évora,1994.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 14 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987
CARRETER, Fernando Lázaro, CALDERON, Correa Evaristo. Como se comenta um Texto literário. 36 ed. Madrid Cátedra, 2004.0
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CHABAU, Patrick. Vozes Moçambicanas. Lisboa: Veja, 1994.
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---------------------. Afinado Desconcerto. (contos,cartas, diário). (org) Maria Lúcia.
FIGUEIREDO, Maria Jorge Vilar de.
MEIRELES, Cecília.Cânticos. 3ed.São Paulo: Ed. Moderna, 1983

MELO, João. Filho da pátria. São Paulo: Editora Record, 2008.
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PESSOA, Fernando. Os melhores Poemas (sel) Teresa Rita Lopes.3 ed. SãoPaulo. Global Editora, 1987.

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>>>> UMBERTO ECO. Seis passeios pelo Bosque da ficção.